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adimiradora de música, história, gatos... apaixonada e racional, séria e lesa.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ela



Hoje pensei em familia...num conceito amplo.
Nem sempre composta por humanos.
E me veio a saudade...

É uma dor anestesiada, lágrimas que escorrem facilmente, sem demora.
Lembranças...vontade de olhar ao lado, e encontrar ainda lá.
De dormir junto, de fazer carinho, de levar dentada seguida de lambida.

De ouvir o miado e tentar decifrá-lo.
De chegar em casa e chamá-la.
De saber que, se estivesse triste, ela viria para meu colo.

De brincar de correr pela casa.
De simplesmente saber que ela está.

Cresci com ela, aprendi a ser sensível com ela.
Obrigada, minha felina, minha Adely.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nada é tão simples...ainda não.

Aquele líquido salgado escorre pseudo levando a angústia e a mágoa...
É sempre assim, a mesma sensação ruim, de quase desmaio
De quase irreparável 
Do desejo de não ter acontecido.


Será que sempre sou eu? Sempre a responsabilidade é minha do que é errado?
Então o erro sou eu...está em mim.
Não é possível...será possível?!
Tenho que ser "perfeita"...e isso me deixa desfeita...
Me cobro, não me permito...
E quanto mais não me permito certas coisas, vou errando feio em outras, 
Mais palpáveis, com raio mais amplo.
Atingindo quem eu jamais quis atingir, soando como proposital, malvadamente proposital...

Não o é.
De repente...não controlei!
Mas isso não pode mais acontecer...
Nunca mais...até o fim das nossas vidas.
É simples: não faça!
Não...nãaooo...
Não farei...
Não me permitirei, não me magoarei.

Tenho agora que "simplesmente" arrumar um jeito de engolir
Mas sem sentir dores no estômago, nem de forma figurada, nem literal.
Talvez os 30 segundos...talvez uma atividade física...
Talvez essa sensação que me toma por inteiro agora, servindo de forma behaviorista.
"É simples: não faça!"

Nada é tão simples...ainda não.
Mas deverá ser, tem que ser...
E ponto.




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Conflito

O vazio do tempo me enche de nada
Espalha rotina pra todos os lados
Espaço aclarado, sem cores e sons
Visões do futuro apressam seus passos

Feliz esperança abraça a alma
Acalma, encanta, se faz pensamento
Tormento esperar, contando seus dias
Mas dias sem data... se faz sofrimento.

"Vai dar certo!", "Tenha fé!"
E a que pé está a ansiedade?
Necessidade extrema de dia e hora
De um "agora sim está tudo concreto!"

Aflição toma conta onde era apatia
Enradia do peito a fagulha de "se"
Ensiste na dúvida do não acertado
Malvado "e se" causando agonia.

"Não quero pensar..vem o que é pra ter"
E SE acaso não vir a ser?
Esquecer todos os planos e mudar o rumo?
Assumo: não sei como devo fazer!

Mas nem tudo se encontra perdido
Medito, relaxo, controlo o pulso
Expulso as nuvens pesadas dos olhos
Acordo a mente de volta ao seguro.

E resta seguir com o que temos nas mãos
Jargão de "presente fazendo o futuro"
Aturo, aguento,  veremos se dá
Trabalhar esperando, o dia virá!