Quem sou eu

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adimiradora de música, história, gatos... apaixonada e racional, séria e lesa.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Correndo




Correndo...

Contra o tempo
Contra o medo,
Cobiça e desalento

Contra o vento
Que me acalma
Afaga o rosto,
Sorriso exposto

Correndo...

E vendo que o fim
É o próprio meio...
Com apresso,
Acelero o tempo

Correndo...

Com o corpo
Com a mente
Sempre em frente
Com intento  

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Especialmente só deles




Quer ser desarrumada, descabelada, impactada...
Ser pega pelo braço, puxada contra peito másculo.
Sentir o deslizar dos lábios...
Sentir o deslizar...

A cintura ser uma curva perfeita para o pressionar das mãos.
As pernas serem a moldura perfeita...
A pele exalando desejo com aroma de romã e manga
Pedindo silenciosamente, sinuosamente, por aquele corpo.
Dedos entre os cabelos
Bocas se devorando
Respirações se confundindo
Calcanhares cruzando nas costas
Mãos que vão para as coxas, com força...
Sons
Suor
Grunhidos
Palavras
No ouvido...
Pressionando, arranhando...
Línguas sentindo o gosto da pele, dos lábios...
Olhos fechando, corpos se confundindo...
Chegando juntos a um lugar só deles...
Especialmente só deles...

domingo, 14 de outubro de 2012

Drama


Negar um telefonema
Nem permitir uma alternativa
Com uma linha predefinida
Finda um inexistente dilema

A boca que agora cala
Avesso da mente que grita
“Mas já tem outra saída!”
Sufocada pela lógica clara

Deixemos que se pense
Vai ser difícil de entender
A culpa vai aparecer
Mesmo que indevidamente

Ainda que eu diga não
Que foi a escolha mais sensata
Que não há linha intacta
Ficarei sem ter razão

sábado, 8 de setembro de 2012

Foto - Negativo




Não somos idênticos
Às vezes divergimos
Algumas poucas discutimos  
Mas nada em desalento

Músicas diferentes
Entre filmes e livros
Outro gosto para os vídeos
Distinções aparentes

A foto e o negativo
De início são opostos
Da imagem são dois pólos
Mas juntos são assertivos

Contam a mesma história
De perspectivas em reflexo
Num jogo espelho-objeto
Não são contraditórias

E somos eu e você
Dois mundos em complemento
Telepático entrosamento
Tão gosto de viver

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Vício Criativo

À luz da vela, pensamentos angustiam
Não basta o frio, a escuridão também a toma
Vem à tona impaciente esperar da volta
Não retorna, minutos em abstinência de soma.

Acender amarelado me chama o sono
Estrondo onde o moderno vira breu
Sorveu o comunicar acelerado
"Digitado" (re)torna-se "escreveu".

E um tempo de "quando não havia"
Alivia em lembranças o vício permanente...

(PAUSA)

- Ufa! A energia voltou! Vou postar isso imediatamente!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ela só queria um lar


Ela só queria um lar
E um lar nem sempre é um lugar

É um estado de espírito, um estar
Uma vontade de não ir
A vontade de ficar

É sentir-se acolhida, acalentada
Bem-vinda, relaxada
Curtir o dormir e o acordar

Só então se faz o espaço
A construção física
Os tijolos e vigas de aço

Mas concreto e sentimento
Nem sempre estão juntos
Vai de nós tentar juntar

É o esforço dos dias
Compreenda, não condene
Mas sozinha, tendo à falhar.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Orientador Preferido


De tão exigente,
Tem gente que teme em o encontrar
Pagar a cadeira, então!
"Oh, não!" medo de o encarar!

A "fama" se fez.
Talvez mais além do que vigora.
Alunos de História já sabem:
"Difícil é professor Wellington Barbosa!"

Mas vou dizer
Escrever tendo como base seu zelo
Apreço e grande dedicação
Mostrarão o porquê de tanto respeito.

"Amantíssimo orientador"
"Professor", mas também grande amigo.
Querido como um pai acadêmico
Agradeço por termos nos escolhido.

Parabéns, meu orientador preferido, ainda que sejas o único!
Com carinho,
Emmanuelle (com dois "Ms" e dois "Ls"), ou simplesmente Manu.








terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ela



Hoje pensei em familia...num conceito amplo.
Nem sempre composta por humanos.
E me veio a saudade...

É uma dor anestesiada, lágrimas que escorrem facilmente, sem demora.
Lembranças...vontade de olhar ao lado, e encontrar ainda lá.
De dormir junto, de fazer carinho, de levar dentada seguida de lambida.

De ouvir o miado e tentar decifrá-lo.
De chegar em casa e chamá-la.
De saber que, se estivesse triste, ela viria para meu colo.

De brincar de correr pela casa.
De simplesmente saber que ela está.

Cresci com ela, aprendi a ser sensível com ela.
Obrigada, minha felina, minha Adely.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nada é tão simples...ainda não.

Aquele líquido salgado escorre pseudo levando a angústia e a mágoa...
É sempre assim, a mesma sensação ruim, de quase desmaio
De quase irreparável 
Do desejo de não ter acontecido.


Será que sempre sou eu? Sempre a responsabilidade é minha do que é errado?
Então o erro sou eu...está em mim.
Não é possível...será possível?!
Tenho que ser "perfeita"...e isso me deixa desfeita...
Me cobro, não me permito...
E quanto mais não me permito certas coisas, vou errando feio em outras, 
Mais palpáveis, com raio mais amplo.
Atingindo quem eu jamais quis atingir, soando como proposital, malvadamente proposital...

Não o é.
De repente...não controlei!
Mas isso não pode mais acontecer...
Nunca mais...até o fim das nossas vidas.
É simples: não faça!
Não...nãaooo...
Não farei...
Não me permitirei, não me magoarei.

Tenho agora que "simplesmente" arrumar um jeito de engolir
Mas sem sentir dores no estômago, nem de forma figurada, nem literal.
Talvez os 30 segundos...talvez uma atividade física...
Talvez essa sensação que me toma por inteiro agora, servindo de forma behaviorista.
"É simples: não faça!"

Nada é tão simples...ainda não.
Mas deverá ser, tem que ser...
E ponto.




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Conflito

O vazio do tempo me enche de nada
Espalha rotina pra todos os lados
Espaço aclarado, sem cores e sons
Visões do futuro apressam seus passos

Feliz esperança abraça a alma
Acalma, encanta, se faz pensamento
Tormento esperar, contando seus dias
Mas dias sem data... se faz sofrimento.

"Vai dar certo!", "Tenha fé!"
E a que pé está a ansiedade?
Necessidade extrema de dia e hora
De um "agora sim está tudo concreto!"

Aflição toma conta onde era apatia
Enradia do peito a fagulha de "se"
Ensiste na dúvida do não acertado
Malvado "e se" causando agonia.

"Não quero pensar..vem o que é pra ter"
E SE acaso não vir a ser?
Esquecer todos os planos e mudar o rumo?
Assumo: não sei como devo fazer!

Mas nem tudo se encontra perdido
Medito, relaxo, controlo o pulso
Expulso as nuvens pesadas dos olhos
Acordo a mente de volta ao seguro.

E resta seguir com o que temos nas mãos
Jargão de "presente fazendo o futuro"
Aturo, aguento,  veremos se dá
Trabalhar esperando, o dia virá!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

04:33 am - Dissertação

Enebriada em cansaço
Estafada em pensamentos
Já não sei que mais aprendo
Já não sei que mais eu falo

Tanto fico quanto calo
Tanto afago mente adentro...
Só um dia? Tanto tempo!
Segundos eternizados

Tempo lento acelerado
Baseado em juramento
"Já termino com que tenho!"
Sempre há mais acrescentado

Políticos, policiados
Jornais e documentos
Textos e seus argumentos...
E eu de volta ao trabalho!