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adimiradora de música, história, gatos... apaixonada e racional, séria e lesa.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Transição


Estar em período de transição é algo conflituoso e incômodo. Não gosto de me sentir incomodada...mas e quem gosta? Gostamos de sentir a estabilidade nos acolhendo, nos protegendo de todos os perigos das novidades do mundo lá fora. O medo de errar, de perder, de ter que escolher, nos rodeia como um carrasco esperando a sua vítima. Medo de viver...mas viver é se arriscar, é de repente topar com pessoas ignorantes, grossas e antiéticas, com pessoas que não valorizam o seu trabalho, com seres ínfimos que conseguem tirar sua paz.  Medo de se submeter a testes de adequações de padrões preestabelecidos, medo de não estar nesses padrões... de não ser aceito, de não aceitar, medo de não crescer. Mas, viver é se arriscar. Mas, não quero me arriscar...mas, quero viver.  É, isso é incompatível e tão desejado. Tudo bem...dentre os riscos estão boas surpresas. E não o presente passado de Koselleck, mas o presente este mesmo, já, neste......exato segundo, nestas vivências imediatas. Esta é a única chance temporal que temos de mudar este sentimento de nó na garganta, que adoece (por vezes literalmente) e nos deixa entregues à angústia. Sei que devo me agarrar a isso, ao otimismo e findar este pequeno texto com uma mensagem de esperança para mim mesma. Prefiro ser realista ao ponto de dizer: sim, você vai continuar encontrando pessoas imbecis e pequenas pelo caminho, e vai ter que lidar com isso; você precisa se preocupar sim em se adequar aos espaços que quer pertencer; você vai ter que escolher o tempo inteiro sobre os rumos da sua vida; e em meio a tudo isso, a pesar de tudo, terá pessoas que valem a pena estar perto, amar de que forma for, desejar o bem delas. A vida é essa ausência de definição, que deve ser vivida e ponto.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Flor



Uma rosa desabrocha numa noite de luar
Vem da flora a estranha hora para o novo despertar
E agora? Vai embora? Ou da rosa vai cuidar?
“Fica posta em meia hora a mesa para o seu jantar”

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Simplória (?)

Será que ela é tão simplória quanto acha-se que ela é?
De fácil leitura, de caminho previsível e fala esperada?

E os pensamentos?
- Ah! Estes nunca mudam, são de verdades absolutas.

Atitudes sem surpresas.
Se os argumentos fogem do seu “padrão”, são certamente mentirosos.

Ousar mudar?
- Jamais! Isso não faz parte dela... Eu a conheço e sei que não faz parte dela.

Ela é linear, teleológica, como toda boa pessoa simplória.
De fácil entendimento, simples de decifrar.

É o oposto de pessoas complexas e indecifráveis, que nunca serão entendidas e desvendas. Pessoas tidas, pelos simplórios, como estranhas e até mesmo chatas.
Um Simplório jamais se entenderia com um Complexo, não teriam a capacidade de abstração necessária para manter um diálogo com um desses, sendo impulsionado a zarpar o mais de pressa possível.

Mas, tem algo errado... uma Simplória “metida” à Complexa?
Que procura entender um grão do chão da essência de um Complexo e gerar um equilíbrio?
Ela por mais que, ao ser vista como uma Simplória, não gere credibilidade nas suas mudanças, procura sim mudar para melhor, pensando na harmonia e na felicidade que abarque os dois lados da moeda.

Ela que não suporta ser previsível e constante em seus defeitos. Mesmo aos poucos, um por vezes, tenta ajusta-los, refletir sobre eles.

Mas, então...Ela não é tão simplória assim!

Não, não é.

Simplórios não refletem o próprio fato de serem simplórios... apenas vivem, pulam, cantam e dançam, e são felizes assim.
Ela não. Começou a dosar o sentido de “felicidade”.
É, mas ela tem que entender que isso não será aceito de imediato. Isso será constatado em atos (ela espera que sim...).

E agora só me resta desejar sorte, paciência e ainda mais compreensão à quem vai lidar com essa Simplória “metida” à Complexa.