Estar em período de transição é algo conflituoso e incômodo.
Não gosto de me sentir incomodada...mas e quem gosta? Gostamos de sentir a estabilidade
nos acolhendo, nos protegendo de todos os perigos das novidades do mundo lá
fora. O medo de errar, de perder, de ter que escolher, nos rodeia como um
carrasco esperando a sua vítima. Medo de viver...mas viver é se arriscar, é de
repente topar com pessoas ignorantes, grossas e antiéticas, com pessoas que não
valorizam o seu trabalho, com seres ínfimos que conseguem tirar sua paz. Medo de se submeter a testes de adequações de
padrões preestabelecidos, medo de não estar nesses padrões... de não ser
aceito, de não aceitar, medo de não crescer. Mas, viver é se arriscar. Mas, não
quero me arriscar...mas, quero viver. É,
isso é incompatível e tão desejado. Tudo bem...dentre os riscos estão boas surpresas.
E não o presente passado de Koselleck, mas o presente este mesmo, já,
neste......exato segundo, nestas vivências imediatas. Esta é a única chance temporal
que temos de mudar este sentimento de nó na garganta, que adoece (por vezes
literalmente) e nos deixa entregues à angústia. Sei que devo me agarrar a isso,
ao otimismo e findar este pequeno texto com uma mensagem de esperança para mim
mesma. Prefiro ser realista ao ponto de dizer: sim, você vai continuar
encontrando pessoas imbecis e pequenas pelo caminho, e vai ter que lidar com
isso; você precisa se preocupar sim em se adequar aos espaços que quer
pertencer; você vai ter que escolher o tempo inteiro sobre os rumos da sua
vida; e em meio a tudo isso, a pesar de tudo, terá pessoas que valem a pena
estar perto, amar de que forma for, desejar o bem delas. A vida é essa ausência
de definição, que deve ser vivida e ponto.
Nunca gostei de escrever poemas, menos ainda com rima e métrica. Mas algo estranho vem me ocorrendo nos últimos tempos...eu venho escrevendo algumas coisas. Coisas essas que são como um interpretar de sentimentos, transformados em palavras, frases, versos repentinos. Assim que esses momentos forem surgindo, pretendo registrar aqui.
Quem sou eu
- Emmaleska
- adimiradora de música, história, gatos... apaixonada e racional, séria e lesa.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Flor
Uma rosa desabrocha numa noite de luar
Vem da flora a estranha hora para o novo despertar
E agora? Vai embora? Ou da rosa vai cuidar?
“Fica posta em meia hora a mesa para o seu jantar”
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Simplória (?)
Será
que ela é tão simplória quanto acha-se que ela é?
E agora só me resta desejar sorte, paciência e
ainda mais compreensão à quem vai lidar com essa Simplória “metida” à Complexa.
De
fácil leitura, de caminho previsível e fala esperada?
E os
pensamentos?
- Ah!
Estes nunca mudam, são de verdades absolutas.
Atitudes
sem surpresas.
Se
os argumentos fogem do seu “padrão”, são certamente mentirosos.
Ousar
mudar?
- Jamais!
Isso não faz parte dela... Eu a conheço e sei que não faz parte dela.
Ela
é linear, teleológica, como toda boa pessoa simplória.
De
fácil entendimento, simples de decifrar.
É o
oposto de pessoas complexas e indecifráveis, que nunca serão entendidas e
desvendas. Pessoas tidas, pelos simplórios, como estranhas e até mesmo chatas.
Um Simplório
jamais se entenderia com um Complexo, não teriam a capacidade de abstração
necessária para manter um diálogo com um desses, sendo impulsionado a zarpar o
mais de pressa possível.
Mas,
tem algo errado... uma Simplória “metida” à Complexa?
Que
procura entender um grão do chão da essência de um Complexo e gerar um
equilíbrio?
Ela por
mais que, ao ser vista como uma Simplória, não gere credibilidade nas suas
mudanças, procura sim mudar para melhor, pensando na harmonia e na felicidade
que abarque os dois lados da moeda.
Ela
que não suporta ser previsível e constante em seus defeitos. Mesmo aos poucos,
um por vezes, tenta ajusta-los, refletir sobre eles.
Mas,
então...Ela não é tão simplória assim!
Não,
não é.
Simplórios
não refletem o próprio fato de serem simplórios... apenas vivem, pulam, cantam
e dançam, e são felizes assim.
Ela
não. Começou a dosar o sentido de “felicidade”.
É,
mas ela tem que entender que isso não será aceito de imediato. Isso será constatado
em atos (ela espera que sim...).
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